Patrícia Camargo

Patrícia Camargo - Formação em Psicanálise Clínica com o Prof. Wilson Cerqueira, do Centro de Estudos em Psicanálise Clínica, filiado à Associação Brasileira de Psicanalistas Clínicos (ABPC). Atualmente faz Pós Graduação em Psicologia Junguiana no IJEP - Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa em São Paulo.

Realiza atendimentos como Psicanalista Clínica em Sorocaba e Campinas e também online.

Também trabalha há mais de 10 anos com Coaching de Vida e é especialista em Coaching Afetivo. É conciliadora da Justiça Federal e autora dos blogs Coaching & Psicanálise e Psicanálise Sorocaba.

Por que fazer Psicanálise ?
Porque em algum momento de nossas vidas sofremos traumas, sentimos mágoas, culpas, frustrações, perdemos o rumo, nos desconhecemos, buscamos ser melhores do que somos e sabemos que podemos ir além.

Geralmente, as pessoas não têm consciência das diversas causas que determinam seus comportamentos e suas emoções. Estas causas estão em nosso inconsciente, e através de um Processo Psicanalítico, é possível compreendermos por que agimos como agimos e como podemos ser pessoas melhores, mais equilibradas e conscientes de nossos atos e escolhas.

Através do método da Individuação desenvolvido por Jung, paciente e analista buscam juntos a resolução dos conflitos mediante sua re-significação, possibilitando a ampliação da consciência do paciente. Com a interpretação do material trazido pelo paciente, o Processo Psicanalítico possibilita o surgimento de novos caminhos e novas possibilidades para que o paciente tenha uma vida plena e feliz.

Contatos pelo e-mail psicanalise@patriciacamargo.com.br ou pelos celulares (15) 9 9855-2277 / (19) 9 9739-4019 (What´s app)


Link da matéria da TV Tem (Afiliada da Rede Globo em Sorocaba) em que Patrícia Camargo é entrevistada sobre como realizar seus sonhos :



sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Coragem e Psicanálise


Quando atendo meus pacientes, sei que cada um tem uma história que é só sua. Uns trazem muita dor, outros sofreram traumas profundos... Alguns têm mágoas, frustrações e culpam o mundo e as pessoas por suas dores e decepções. E com cada um deles, procuro desenvolver um processo de auto conhecimento e auto desenvolvimento para que se libertem de suas dores e possam efetivamente serem felizes e darem sua contribuição ao mundo.

Neste processo de descobertas, o paciente percebe que sua história é importante, que tudo o que passou resulta na pessoa que está na minha frente compartilhando de sua história e buscando uma vida mais feliz. 

Ao compreender que pode e deve se libertar de suas dores para ser mais feliz, ele descobre algo muito interessante : que precisa sair de seu egoísmo. Que ao olhar para os lados, poderá desenvolver uma compreensão maior do mundo e das pessoas ao seu redor. Que poderá ser solidário com o chefe que passa por um problema de saúde ou com o vizinho que é solitário e não tem mais uma família. 

Ao se ver como um ser individual mas que interage com as outras pessoas e se dá conta de que todos trazem uma bagagem particular, perceberá que para uma vida mais saudável, uma compreensão para os problemas do outro se faz necessária e lhe será enriquecedora.

Ao fazer o bem para o próximo, descobre que está fazendo o bem para si mesmo. Ao conseguir se colocar no lugar do outro, consegue entender as razões do outro para agir como age e consegue finalmente perdoá-lo. Percebe então que vivemos num mundo de diferenças e diferentes, mas que o caminhar pode ser mais rico se conseguir calçar os sapatos do outro e entender sua trajetória.

Um Processo de Psicanálise requer coragem. Coragem para olhar para dentro de si mesmo e encarar suas sombras, suas feras, seus defeitos, seus sentimentos mais mesquinhos e optar por ser uma pessoa melhor.

Admiro pessoas que aceitam olhar para si mesmas, que encaram as situações de frente e se fortalecem a cada nova adversidade que a vida traz. Se caírem, sabem que são capazes de se levantar novamente e seguir em frente. Conhecem sua força interior e sabem que podem sempre contar consigo mesmas ! 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O prazer de comer


Comer nos dá prazer. Se for açúcar, então, muito mais prazer. Isto acontece porque ao ingerirmos açúcar, aumentamos a produção de serotonina no organismo e esta substância é a responsável por melhorar nosso humor, nos dando a sensação de bem estar. Muitos estudos chegaram a esta conclusão. E esta conclusão traz uma explicação química para um fenômeno que é também emocional. Afinal, é muito comum as pessoas buscarem na comida o consolo para momentos de angústia e depressão.

O primeiro prazer que temos na vida é o que recebemos pela boca. Freud expôs isto com sabedoria ao explicar a fase oral no bebê : o bebê que acabou de nascer se relaciona com o mundo pela boca, recebe ali seu alimento. E recebe também o colo, o carinho e a atenção da mãe, no momento da amamentação. Por isso, é muito comum associarmos comida com carinho e amor, pois isto nos remete ao conforto psicológico que recebemos pela boca nos nossos primeiros meses de vida.

Grandes datas comemorativas ocorrem ao redor da mesa. Almoços de família, Páscoa, Natal, Ano novo, aniversários. Ocasiões especiais que são comemoradas e “bebemoradas” também através do alimento. Nosso convívio social invariavelmente se dá ao redor de uma mesa.

Quando buscamos suprir uma carência, uma angústia ou a eliminação de um conflito através da comida, caímos numa armadilha. O que num primeiro momento é considerado prazer e aumenta a produção de serotonina, no segundo momento irá nos causar culpa, pois nos fará mais gordos ou obesos.

Existem outras razões emocionais para a obesidade. Ela pode ser um mecanismo de defesa utilizado pelo obeso para negar seu corpo ou sua sexualidade. Pode também ser consequência de campanhas de marketing maciças a que as crianças são submetidas na infância e que as influenciam de tal maneira que chega a ser quase impossível não cair na tentação daquele alimento (lembram-se da famosa propaganda “Compre Batom.......”)

Pode também ter origem genética ou mesmo ser consequência de uma disfunção da leptina, um hormônio que manda sinais ao nosso cérebro dizendo quando estamos saciados e devemos parar de comer.

O que há alguns anos era visto como desleixo, ao considerar o obeso um preguiçoso que não tem força de vontade para emagrecer, hoje já é visto com uma abrangência maior, devido a vários estudos dos aspectos mencionados acima.

Quando procuramos prazer e bem estar no ato de comer, comemos mais do que precisamos. Ao nos depararmos com a sociedade atual, os conflitos internos e externos que vivenciamos e a proliferação cada vez maior dos aparatos tecnológicos que nos incentivam a uma vida solitária, a conclusão lógica é que teremos cada vez mais pessoas obesas e descontentes buscando prazer e acolhimento na comida.

Felizmente não é só o açúcar proveniente de doces e chocolates que aumenta a produção de serotonina. Algumas frutas como banana e abacaxi, leite, cereais e Castanha do Pará também cumprem esta função. Nosso prazer de comer salada pode ser maior se acrescentarmos pedaços de frutas (abacaxi, maçã, manga, laranja) em sua composição.

Outra dica preciosa é que a prática de exercícios também aumenta a produção de serotonina, nos dando sensação de bem estar. Endorfinas também são liberadas com a prática de exercícios. Estas duas substâncias são conhecidas como hormônios da felicidade.

Alguns estudos indicam que a prática de exercícios pode ser tão eficaz quanto o uso de remédios anti depressivos no tratamento da depressão moderada. Várias pessoas relatam aumento de bom humor após sua prática.

Tentando simplificar um assunto tão complexo, vale a pena pensar em substituir açúcares por frutas e saladas agridoces em suas refeições. Ao se sentir triste e deprimido, busque alternativas saudáveis como caminhadas e exercícios físicos – de moderados a mais intensos. Seu organismo agradece. E sua mente também !