Patrícia Camargo

Patrícia Camargo - Formação em Psicanálise Clínica com o Prof. Wilson Cerqueira, do Centro de Estudos em Psicanálise Clínica, filiado à Associação Brasileira de Psicanalistas Clínicos (ABPC). Atualmente faz Pós Graduação em Psicologia Junguiana no IJEP - Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa em São Paulo.

Realiza atendimentos como Psicanalista Clínica em Sorocaba e Campinas e também online.

Também trabalha há mais de 10 anos com Coaching de Vida e é especialista em Coaching Afetivo. É conciliadora da Justiça Federal e autora dos blogs Coaching & Psicanálise e Psicanálise Sorocaba.

Por que fazer Psicanálise ?
Porque em algum momento de nossas vidas sofremos traumas, sentimos mágoas, culpas, frustrações, perdemos o rumo, nos desconhecemos, buscamos ser melhores do que somos e sabemos que podemos ir além.

Geralmente, as pessoas não têm consciência das diversas causas que determinam seus comportamentos e suas emoções. Estas causas estão em nosso inconsciente, e através de um Processo Psicanalítico, é possível compreendermos por que agimos como agimos e como podemos ser pessoas melhores, mais equilibradas e conscientes de nossos atos e escolhas.

Através do método da Individuação desenvolvido por Jung, paciente e analista buscam juntos a resolução dos conflitos mediante sua re-significação, possibilitando a ampliação da consciência do paciente. Com a interpretação do material trazido pelo paciente, o Processo Psicanalítico possibilita o surgimento de novos caminhos e novas possibilidades para que o paciente tenha uma vida plena e feliz.

Contatos pelo e-mail psicanalise@patriciacamargo.com.br ou pelos celulares (15) 9 9855-2277 / (19) 9 9739-4019 (What´s app)


Link da matéria da TV Tem (Afiliada da Rede Globo em Sorocaba) em que Patrícia Camargo é entrevistada sobre como realizar seus sonhos :



domingo, 21 de dezembro de 2014

Feliz Natal ! Excelente Ano Novo !


Para este Natal, desejo que você o celebre na companhia das pessoas que você ama e que te amam também ! Que você possa imitar o exemplo do aniversariante não só na noite de Natal mas durante todo o ano que se inicia.

Se nem todos os seus sonhos se realizaram em 2014, não se preocupe. Você também cresceu e aprendeu ao não vê-los realizados. Aproveite o início de 2015 para traçar novos sonhos e lutar por eles. Plante suas sementes, regue seu jardim.

Não se esqueça de ter sempre GRATIDÃO em seu coração.

Feliz Natal ! Excelente Ano Novo !

Com carinho,
Patrícia Camargo

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Sobre Lacan


Jacques-Marie Émile Lacan (Paris, 13 de abril de 1901 — Paris, 9 de setembro de 1981) foi um psicanalista francês.

Formado em Medicina, passou da neurologia à psiquiatria, tendo sido aluno de Gatian de Clérambault. Teve contato com a psicanálise através do surrealismo e a partir de 1951, afirmando que os pós-freudianos haviam se desviado, propõe um retorno a Freud. Para isso, utiliza-se da linguística de Saussure (e posteriormente de Jakobson e Benveniste) e da antropologia estrutural de Lévi-Strauss, tornando-se importante figura do Estruturalismo. Posteriormente encaminha-se para a Lógica e para a Topologia. Seu ensino é primordialmente oral, dando-se através de seminários e conferências. Em 1966 foi publicada uma coletânea de 34 artigos e conferências, os Écrits (Escritos). A partir de 1973 inicia-se a publicação de seus 26 seminários, sob o título Le Séminaire (O Seminário), sob a direção de seu genro, Jacques-Alain Miller.

Pensamento
Sua primeira intervenção na psicanálise é para situar o Eu como instância de desconhecimento, de ilusão, de alienação, sede do narcisismo. É o momento do Estádio do Espelho.1 O Eu é situado no registro do Imaginário, juntamente com fenômenos como amor e ódio. É o lugar das identificações e das relações duais. Distingue-se do Sujeito do Inconsciente, instância simbólica. Lacan reafirma, então, a divisão do sujeito, pois o Inconsciente seria autônomo com relação ao Eu. E é no registro do Inconsciente que deveríamos situar a ação da psicanálise.

Esse registro é o do Simbólico, é o campo da linguagem, do significante. Lévi-Strauss afirmava que "os símbolos são mais reais que aquilo que simbolizam, o significante precede e determina o significado"2 , no que é seguido por Lacan. Marca-se aqui a autonomia da função simbólica. Este é o Grande Outro que antecede o sujeito, que só se constitui através deste - "o inconsciente é o discurso do Outro", "o desejo é o desejo do Outro"[carece de fontes].

O campo de ação da psicanálise situa-se então na fala, onde o inconsciente se manifesta, através de atos falhos, esquecimentos, chistes e de relatos de sonhos, enfim, naqueles fenômenos que Lacan nomeia como "formações do inconsciente". A isto se refere o aforismo lacaniano "o inconsciente é estruturado como uma linguagem"[carece de fontes].

O Simbólico é o registro em que se marca a ligação do Desejo com a Lei e a Falta, através do Complexo de Castração, operador do Complexo de Édipo. Para Lacan, "a lei e o desejo recalcado são uma só e a mesma coisa". Lacan pensa a lei a partir de Lévi-Strauss, ou seja, da interdição do incesto que possibilita a circulação do maior dos bens simbólicos, as mulheres. O desejo é uma falta-a-ser metaforizada na interdição edipiana, a falta possibilitando a deriva do desejo, desejo enquanto metonímia. Lacan articula neste processo dois grandes conceitos, o Nome-do-Pai e o Falo. Para operar com este campo, cria seus Matemas.

É na década de 1970 que Lacan dará cada vez mais prioridade ao registro do Real. Em sua tópica de três registros, Real, Simbólico e Imaginário, RSI, ao Real cabe aquilo que resiste a simbolização, "o real é o impossível", "não cessa de não se inscrever". Seu pensamento sobre o Real deriva primeiramente de três fontes: a ciência do real, de Meyerson, da Heterologia, de Bataille, e dos conceitos de realidade psíquica e de pulsão, de Freud. O Real toca naquilo que no sujeito é o "improdutivo", resto inassimilável, sua "parte maldita", o gozo, já que é "aquilo que não serve para nada". Na tentativa de fazer a psicanálise operar com este registro, Lacan envereda pela Topologia, pelo Nó Borromeano, revalorizando a escrita, constrói uma Lógica da Sexuação ("não há relação sexual", "A Mulher não existe"). Se grande parte de sua obra foi marcada pelo signo de um retorno a Freud, Lacan considera o Real, junto com o Objeto a ("objeto ausente"), suas criações.

No Brasil, um dos principais pioneiros da psicanálise lacaniana é MD Magno, fundador do Colégio Freudiano do Rio de Janeiro, em 1975, bem como Célio Garcia, um dos primeiros a introduzir o pensamento de Lacan na Universidade, em Minas Gerais. O trabalho de Lacan exerce forte influência nos rumos do tratamento psíquico, inclusive na definição de políticas de saúde mental, especialmente no Brasil.

Fonte : Wikipédia

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Escolhas amorosas inconscientes - por Paulo Jacob


Olá!

Hoje quero falar com vocês sobre suas escolhas amorosas.

Quando você escolhe alguém para se relacionar, quais são os requisitos que essa pessoa tem que ter para que você se interesse por ela? Cor dos cabelos? Cor do olhos? Baixo ou alto? Magro ou gordo? Forte ou nem tão forte? Tímido ou extrovertido?

As características físicas e psicológicas de alguém, são determinantes para você escolher se você vai querer ficar com ela ou não. Mas até que ponto as suas escolhas foram tão conscientes assim? Você acha que quando alguém te atrai, o que está agindo sobre você é unicamente o seu consciente? Claro que sem ele não conseguiríamos nos relacionar com o mundo, e sendo assim, ele está presente durante o nosso processo de escolha através principalmente dos nossos cinco sentidos (tato, olfato, paladar, visão e audição), mas o consciente age somente em 5% do processo, os outros 95% é o seu inconsciente agindo, ou seja, você escolhe seus parceiros ou parceiras de uma maneira mais inconsciente do você imagina. É como se algo interno comandasse você para procurar pessoas que você nem sabe que te atraem, mas que de repente você se pega olhando para elas. E quais são os parâmetros que o inconsciente tem para eu fazer as minhas escolhas?

Bom, aí vamos entrar em um assunto que nem todo mundo aceita, mas que a psicanálise acredita, que é o Complexo de Édipo, e que certamente influencia e muito nas suas escolhas, seja você uma pessoa heterossexual ou não.

Freud quando criou a teoria do Complexo de Édipo, se baseou nos inúmeros relatos de seus pacientes (e também sem dúvida, de coisas de sua própria vida). Ao longo do tempo ele foi percebendo o quanto os parentais (pais, ou pessoas que contribuíram na criação) das pessoas que ele atendia, influenciavam nas escolhas amorosas delas. Resumidamente seria mais ou menos assim.

Vamos pegar como exemplo uma mulher. Quando ela nasce, ela tem a atenção dos seus pais, ou pessoas que desempenham essa função, certo? Para uma menina, qual é a primeira pessoa do sexo oposto que ela tem seu primeiro contato? O pai, certo? Se este pai (ou um homem qualquer, que pode ser um tio, avô, etc), é uma pessoa que ao longo da infância dessa menina, age de uma maneira legal com ela, dando atenção e carinho, e é uma pessoa presente na vida dela, certamente no inconsciente dessa criança, aquela figura masculina poderá se tornar um “padrão” nas futuras escolhas (masculinas) que essa menina venha a ter quando se tornar mulher. O mesmo ocorre em relação ao menino, só que com as pessoas do sexo feminino (mãe, avó, tias…). Ambos podem pegar “qualidades e defeitos” que essas pessoas tem, e colocar como requisitos para escolhas futuras, mas tudo isso inconsciente, ou seja, são valores dos outros que a pessoa guarda de uma maneira automática, ao longo da infância, sem ficar prestando atenção nisso.

Então o “primeiro homem na vida” de uma menina, possivelmente foi o pai dela, e a “primeira mulher” na vida de uma menino, foi a mãe dele. Possivelmente toda essa convivência que se construiu na relação dos dois (pai e filha, mãe e filho), influenciará nas escolhas desse futuro homem e dessa futura mulher um dia.

Você pode agora estar pensando nisso que escrevi, e começar a prestar atenção no seu companheiro (no caso de você ser uma mulher), e ver o que nele há de igual ao seu pai, ou outros homens que fizeram parte da sua infância. Ás vezes essa pessoa pode ter um “mix” de coisas de várias pessoas, ou não, e sim ter várias características de uma pessoa só. Perceba também que nas suas escolhas, possam existir coisas que você até conscientemente não escolheu no seu parceiro, pelo fato de ser algo que detestava no seu pai, como por exemplo um pai que tinha algum problema específico, e que quando você encontra alguém como mesmo problema, você “foge” na mesma hora. Não podemos generalizar isso, mas existe uma coerência nessa teoria, e no consultório quando atendo, vejo o quanto Freud estava certo quando a criou.

Então à partir de hoje, você sabe que suas escolhas amorosas são mais inconscientes do que você pode imaginar, e digo mais, o seu inconsciente age o tempo inteiro nas mais diversas escolhas da sua vida, não necessariamente baseado no Complexo de Freud, mas em relação à outras coisas.

Se quiserem entender mais sobre isso, aconselho procurarem um(a) psicanalista, caso percebem que isso possa estar trazendo problemas para vocês. Aqui eu expliquei bem resumidamente essa teoria, apenas o suficiente para falar sobre esse tema, mas existe muito mais a se falar sobre todo o Complexo de Édipo que Freud desenvolveu nos seus estudos.

Abraço e uma ótima semana.